Levante Popular da Juventude se organiza no Ceará


Foto:Site do Levante
Após o acampamento nacional do Levante Popular da juventude que se realizou no Rio Grande do Sul, no mês de fevereiro. A juventude que participou do encontro chegou com desafio de implantar o movimento aqui no Ceará.

O levante surgiu no Rio Grande do Sul, com o objetivo de trabalhar com a juventude das periferias, para isso contou com a contribuição de outros movimentos sociais.

No Ceará, não está sendo diferente, o Levante já começou a se organizar com o apoio e a contribuição de movimentos sociais do campo e da cidade, como; Movimento Sem Terra, Movimento Estudantil, Consulta Popular entre outros.

A princípio o movimento está mais fortalecido no município de Caucaia, e aos arredores de Fortaleza, mas tem a pretensão de se expandir por todo Ceará.

O Levante está se organizando em células, que são grupos organizados por regional, onde é tirada a coordenação e representação de setores para assim consolidar a coordenação Estadual.

A bandeira de luta do levante é principalmente possibilitar aos jovens uma perspectiva de vida por meio da luta social, e dá formação política ideológica trabalhando a consciência dos direitos fundamentais como: educação de qualidade, a saúde, esporte, lazer e renda.

Segundo a coordenação do Levante no Ceará Paulo Henrique Lima “as coisas estão dando certo já conseguimos muita coisa, temos ao nosso lado apoios muito significantes, já conseguimos fazer a assembleia estadual e está tudo bem, o mais importante agora é formar novos militantes e trabalhar pra valer”.
Por: Aline Oliveira  

Juventude do Campo: Um novo olhar


    
Por: Samuel do Nascimento
        

             Há uma invisibilidade das questões juvenis no campo, por conta de uma única maneira de se pensar a realidade a partir do olhar dos centros urbanos para o meio rural, sem levar em consideração a diversidade do campo. Essa luta ideológica contribui para que a juventude se disperse e saia para os centros urbanos em busca de melhores condições para a manutenção e a reprodução de sua existência.
            A juventude trabalhadora enfrenta diversos problemas, ainda quando o assunto é a falta de políticas públicas. Nessa perspectiva, a juventude do campo tem um papel importante para debater um novo projeto para o campo, onde o jovem seja a principal força a ser atendida, em vista de um desenvolvimento sociocultural, que leve em consideração a cultura, esporte, comunicação e lazer para todos os públicos, e que ainda esteja voltado a criar renda nos assentamentos.
            Assim, os movimentos sociais vêm desenvolvendo um papel importante nos assentamentos, formando a juventude do campo através da discussão de temas voltados ao meio rural. Um exemplo no Ceará é o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que a cada ano junto com Universidade federal do Ceará (UFC) realiza o encontro da juventude do campo para debater sobre os desafios da juventude.  Além do debate, acontecem manifestações contra o governo para reivindicar projetos para os jovens.
            Essa formação está ligada a questão política, econômica e diretamente ligada à juventude, que vai desde políticas públicas, sobre a questão do trabalho, da educação e da cultura. No ano de 2011, o enfoque foi fazer um balanço de tudo que os jovens viveram junto, nos últimos dez anos, incluindo todas as discussões acumuladas, principalmente o objetivo de formação no sentido da juventude pensar, como estar o campo brasileiro, como os jovens se situam no campo? E quais são as expectativas para os jovens do campo?
            Diante de muita luta os assentamentos já estão vendo resultado, a cada ano as reivindicações dos jovens do campo estão sendo atendido, como exemplo disso, no Assentamento Coqueirinho, Fortim, CE, 10 jovens trabalham diretamente com a produção audiovisual e a renda ajuda tanto nas suas despesas como para sua família.           São exemplos assim, que a população, principalmente o governo deve olhar para a juventude do campo e dar suporte para que não saia da terra e sim criar projetos para a juventude concretizar seus sonhos onde nasceram.

Jovens mostram sua ousadia pelo teatro


Por: Samuel do Nascimento



O Grupo Locomotiva de Teatro do Assentamento Coqueirinho, em Fortim, CE, foi criado no ano de 2002, ainda como grupo de escola com o objetivo de disputar na cidade com os melhores grupos de teatro escolares. No ano de 2005, os jovens viram a necessidade de dar continuidade ao trabalho, agora como grupo da comunidade. E a partir do interesse de alguns jovens, montaram o grupo com crianças e adolescentes. Com a simplicidade e muita disposição, as crianças e os adolescentes, montam os próprios textos para colocar em prática, o que aprenderam na escola.
O grupo de teatro formado por crianças e adolescentes do Assentamento Coqueirinho, filhos de assentados. Com sua ousadia, mostram sua cultura através da arte. O teatro é uma das formas que o assentamento tem como divulgar a sua convivência e toda luta que aconteceu neste pedaço de terra. O grupo sem nenhum professor cria peças e apresentam na escola da própria comunidade. Apresentam peças cujos temas voltados a homenagens, como por exemplo, dia das mães, dia dos pais, dia das crianças, dia do professor e também peças informativas.
Em 2009, o grupo ganhou um projeto do Ponto de Cultura do Estado do Ceará, para compra de figurino e para realização de uma oficina para aprimorar as técnicas de como apresentar teatro. A oficina durou 6 meses, e foi ministrada pelo professor Júnior Santos, do município de Icapuí. A oficina teve como resultado a peça “Coqueirinho Terra de todos nós”, criada pelo grupo junto com o professor. A peça dura 45 minutos, e conta a história do Assentamento Coqueirinho desde o início, incluindo dificuldades, conquistas e parceiros.  
Na peça divulga o que tem no assentamento, como seus projetos, e também as dificuldades enfrentadas para conquistar este pedaço de terra. Os jovens ousados interpretam seus próprios pais na peça e mostram que no Coqueirinho é terra boa para se morar.
A iniciativa é histórica, onde crianças e adolescentes desenvolve seu papel dentro do assentamento, como por exemplo, o resgate da cultura e passagem de geração de pai para filho. As peças são apresentadas para todo o público, principalmente para os estrangeiros que visita ao assentamento.
Através de gestos, músicas, ciranda e muita alegria, os jovens do Assentamento Coqueirinho mostram em cena através do teatro de rua que a arte está presente dentro dos assentamentos, mostrando que a realidade da juventude rural hoje implica em um olhar mais atento às suas lutas, sonhos e angústias. Significa pensar nos problemas e nas perspectivas possíveis para essa parcela de jovens que se vê na fronteira entre manter-se no campo.

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


No ultimo século, o Oito de março dia internacional da mulher, vem sendo comemorado pela as elites de forma controversa, a sua criação, que foi um período de muita luta, para se chegar, o que as mulheres chegaram hoje, com conquista de direitos.
Ao contrario das elites, cerca de 50 mulheres e homens, da Organização Popular de Aracati (OPA), e a Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP), comemoraram o 8 de março com muita luta e estudo. 

As duas organizações fizeram pela cidade de Aracati uma marcha, para despertar a sociedade, a lutar por seus direitos e por um sistema socialista, onde não exista explorados e exploradores.
A passeata teve concentração e inicio na praça da comunicação, depois foi em direção ao Colégio Marista onde o conselho de saúde da cidade estava reunido, chegando ao local foi feito uma fala sobre a decadência da saúde pública, e que o conselho tinha total apoio das duas organizações para enfrentar os problemas de gestão.

Em seguida continuaram pela Avenida Coronel Pompeu no centro da cidade e foram até o salão paroquial, onde continuaram com estudo, com os temas: mulher saúde, com a facilitadora Dra. Francisca Neuma, enfermeira e coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade do Vale do Jaguaribe (FVJ). E o outro tema: mulher dignidade, com a facilitadora Patrícia Amorim, assistente social e técnica da Cáritas Regional do Ceará e o ultimo tema: mulher respeito, com a Dra. Emilda Afonso, Promotora da Justiça da 2ª Vara da Comarca de Aracati. Após as palestras teve debate e encerramento às 13 horas.

Tiago Pereira -  Jornalismo da Terra (turma Luiz Gama)

OPA UMA SAÍDA PARA AS COMUNIDADES!



Ao meio de uma estrada carroçal que só passa bicicleta, um posto de saúde, que não tem médico, não tem equipamentos, remédios.  Ao meio a cacinicultura e a energia eólica que não deixa você respirar, ter uma moradia digna e de qualidade. Ao meio a 5 km de distância da escola de varias crianças, em quanto a 1 km a uma escola fechada.
È por esses motivos a cima que varias comunidades, associações, pastorais e movimentos sociais, veio a se unir e formar á OPA (Organização Popular de Aracati). Ela é organizada em dez comunidades de base e algumas associações como de professores.
Um dos princípios da OPA são os estudos, estão todo mês os militantes, se reúnem para fazer estudo. O tema é proposto pelos os próprios militantes após o estudo do dia. O ultimo estudo que ouve foi na comunidade de Lagoa do Preá, com o tema; método de trabalho de base.
A OPA tem certeza que não fará a revolução sozinha, mas tem a clareza que é necessário formar alianças com outras organizações que tem o mesmo o objetivo, para chegar a onde queremos chegar que é o socialismo.

Tiago Pereira – Jornalismo da Terra (turma Luiz Gama)